terça-feira, 29 de maio de 2012
"Gabriela": Moda e tendências dos anos 20 voltam com força total na nova trama das 23h
Nos tempos do cinema mudo, Gloria Swanson brilhava nas grandes telas encantando o público por todo o mundo. As mulheres, que se viram finalmente livres do terror que era usar espartilhos - cinta usada para afinar ao máximo a cintura das belas jovens, que invariavelmente desmaiavam por falta de ar de tão apertado que era o acessório -, começaram a abusar dos vestidos mais tubulares, despojados e, principalmente, bem mais confortáveis na década de 1920, deixando o pesado século XIX para trás de uma vez por todas.
Com decotes mais ousados e braços desnudos, a mulher começou a esbanjar sensualidade e a ganhar posições de maior prestígio junto à sociedade da época, que começou a se encantar com os novos estilos e tendências.
Em Gabriela, Vanessa Giácomo interpreta Malvina, uma jovem filha de coronel que luta para se ver livre da cultura machista da região em que vive. E isso também quer dizer usar e abusar de novos modelitos. “Ela é moderna. Representa o art-decó em suas formas retas e geométricas. As cores são contrastantes. Muito preto com amarelo, azulão e vermelho. Ela usa cintinhos e sapatos boneca, mas sempre com um viés exclusivo”, explica a figurinista da trama, Labibe Simão.
Louise Brooks, outra atriz de renome dessa época áurea, também serviu como modelo para que a supervisora de caracterização, Juliana Mendonça, se baseasse em aspectos marcantes que definiram alguns novos estilos, como o corte de cabelo à “la garçonne”: “Ela é colegial, tem o rosto rosado, saudável. Batom claro e nem esmalte usa. Mas ela não é igual às outras, quer outro caminho, seguir estudando, quiçá trabalhar. É feminista. E por isso escolhemos esse corte bem curto, estilo ‘Louise Brooks’”, revela.
Já Gabriela (Juliana Paes) é uma personagem totalmente desprendida dos valores culturais de qualquer época. “Os cortes dos vestidinhos são simples, assim como os tecidos, quase sempre em algodão, com estampas feitas para ela. Sempre com uma sensualidade casual. Deixando cair uma alça, uma renda aparecendo, um botão aberto”, conta Labibe, que é completada por Juliana: “Ela é linda, é da terra, é moleca, mas é um mulherão. É muito natural, não usa batom, sombra nem rímel e os cachos nos cabelos longos não seguem a moda. A sobrancelha é mais grossa e a pele curtida de sol”, conta a supervisora.
Em se falando sobre chapéus, estes sim, subiram à cabeça da moda! O acessório se tornou peça imprescindível para o figurino de toda mulher que queria chamar a atenção. A maioria delas optava pelo estilo “cloche” – que tem os olhos quase enterrados sob a aba da peça. Particularmente em Ilhéus, os chapéus fazem a alegria de todas as mulheres. Até as quengas do Bataclan, que adoram desfilar cheias de ornamentos sobre suas cabeças. Parece que esse retorno às telas vai dar o que falar... Será que essa moda vai pegar? Fique ligado!
Gabriela é escrita por Walcyr Carrasco, com direção de núcleo de Roberto Talma e direção geral de Mauro Mendonça Filho, tem figurino de Labibe Simão e caracterização de Juliana Mendonça. A mininovela tem previsão de estreia para dia 19 de junho.
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